Tá feia a coisa. Para a presidente Dilma e para a Volkswagen. Não serve de consolo, mas, assim como o Brasil, a Volks também foi rebaixada pela agência de risco Standard & Poor’s.
Uma empresa e um país não são comparáveis. Mas olhando pra um e pra outro, honestamente não sei qual deles enfrenta maiores e piores problemas em universos tão diferentes.
Parece que os dois só se auto complicam. Depois do escândalo da fraude nos carros a diesel, que estourou há menos de um mês, a Volks tomou várias medidas. Entre elas, cometeu uma montanha de trapalhadas.
Na semana passada, o presidente da empresa nos Estados Unidos prestou depoimento ao congresso.
Hoje, o presidente da mesma Volks no Reino Unido foi ao parlamento local, também para ser questionado – ao lado de autoridades de transporte e de meio ambiente do país.
Também hoje, a China anunciou que abriu investigação sobre o caso Volks / poluição / motores a diesel.
Ontem, o Banco de Investimentos da Europa informou que tem compromissos formais com o meio ambiente. Por isso, pode pedir de volta uma fantástica soma que emprestou à Volks.
Não é à toa que a cidade onde fica a matriz da empresa, na Alemanha, tem ocupado as manchetes de jornais europeus. Já está sendo chamada de “Detroit” do continente, em alusão à cidade norte americana que virou fantasma quando a indústria de carros local se deixou surpreender pela concorrência internacional, perdeu mercado e fechou plantas e mais plantas do setor automotivo.
A gigante Volks não consegue se desvencilhar de um sem número de problemas por causa de uma fraude jamais admitida até os 100 minutos do jogo.
Repito: um país e uma indústria não são comparáveis.
Mas às vezes parece que as bruxas existem.